30 maio 2007

Também aqui


27 maio 2007

ZhouZhuang

Do futuro para o passado.
Perto de Xangai fui visitar uma das pequenas "cidades da água" - ZhouZhuang.
Uma das várias que discute o título de Veneza da China.
Com cerca de 1000 anos de história, a cidade era muito pitoresca, com pontes, canais, casas e templos: muito diferente daquilo que eu já tinha visto aqui.
Uma reportagem fotográfica mais completa pode ser vista aqui:
http://medina.no.sapo.pt/zhouzhuang/


26 maio 2007

431

Andei no combóio mais rápido do mundo.
É o Maglev que vai até ao aeroporto de Xangai-Pudong.
Chama-se Maglev porque levita acima do chão por repulsão magnética.
Chega a atingir os 431 km/h.
Ao ver a estrada ao lado, é o equivalente a ver os carros a aproximarem-se de nós a mais de 300 km/h.
Hen hao! Que é como quem diz: Muito bom!

25 maio 2007

Xangai

Xangai pareceu-me uma cidade com muita vida e bastante cosmopolita.
Disseram-me que desenvolvimento de Xangai é relativamente recente.
Iniciou-se quando, no fim da guerra do Ópio (1842), foi obrigada a abrir o seu porto ao comércio com os países ocidentais. A partir daí, a maior parte do comércio externo da China passava por Xangai.
Antes da Segunda Guerra Mundial, era o maior centro comercial do Extremo Oriente, sendo que uma parte da cidade era chinesa e outra europeia, gozando esta de um regime jurídico próprio.
Xangai tornou-se assim num centro dinâmico e cosmopolita que se mantém até aos dias de hoje.
Mais uma vez, deixo ficar os meus destaques:

1 - Pudong
Pudong talvez seja a imagem mais marcante de Xangai. Trata-se da margem Este do rio que passa em Xangai (HuangPu). Há 10 anos era uma área agrícola coberta de plantações de arroz. Depois foi decretada como "Área Económica Especial" com incentivos à localização de empresas. Hoje é o que se vê.
2 - O Bund
O Bund é a "marginal" de Xangai. Cheia de edifícios de traça europeia dos anos 30, aparece como um corpo diferente do que tenho estado habituado a ver.
3 - Torre da TV Pérola do Oriente
Com 468 metros de altura é o maior símbolo dos novos tempos. Posso mesmo dizer que é a Torre Eiffel de Xangai. Ou mesmo a Torre dos Clérigos.
4 - A Rua Nanjing
O centro comercial da cidade. Já que estou numa de comparações, é a Santa Catarina de Xangai.
5 - O edifício Jin Mao e o Edifício mais alto do mundo
Estes edifícios entram no campeonato das alturas. O primeiro, já acabado é o mais alto de Xangai. O segundo, o "Shanghai World Financial Center" vai ser o maior edifício do mundo, com 320 metros de altura e mais de 100 andares, constituindo-se automaticamente como o maior abre-cápsulas do universo:

24 maio 2007

Hong Kong

Fui para Hong Kong sem grandes expectativas.
Hong Kong foi o primeiro sítio da China que eu fui visitar completamente sozinho.
Deve ser um dos poucos sítios para os quais viajei sobre o qual não sabia nada de antemão.
Não tinha ideia de qualquer "ícone", qualquer monumento, parque, museu, café, paisagem... nada.
Nem sequer tinha um mapa ou consultado um guia ou um site na internet.
Para além de Hong Kong ser o local de fabrico de grande parte dos brinquedos da minha infância (o célebre "made in Hong Kong"), o meu conhecimento prévio da cidade era muito reduzido.

Apesar de ser parte da China, na prática a teoria do "um país, vários sistemas" permite que existam muitas diferenças.
O voo de Xangai para Hong-Kong é considerado um voo internacional.
Pior ainda é que o facto de ter entrado em Hong Kong, na prática significa que se saiu da China.
Ou seja: o visto de entrada na China que eu tinha, não era válido a partir do momento em que entrei em Hong Kong.
Claro que isso não foi problema: apenas tive de tirar outro visto com carácter de urgência, o que não é difícil... mas é caro.
Como não me deixaram tirar um visto de trabalho, a partir de agora sou considerado um turista.

Por falar nisso, correndo o risco de me parecer um bocado com um guia turístico, vou deixar aqui os meus maiores destaques de Hong Kong:

1 - Os eléctricos
A primeira coisa que fiz em Hong Kong quando vi um eléctrico foi entrar num à sorte e ir ver a cidade. São eléctricos de dois andares meios desengonçados e pintados com as mais diferentes publicidades. Por si só dão alegria e vida a uma cidade onde vida é o que não falta.

2 - O pico Victoria
Do pico Victoria fica-se com uma ideia de Hong-Kong. Vê-se que a ilha ainda tem uma parte significativa de natureza e de verde e que os edifícios só aparecem numa pequena franja junto ao mar.
3 - O Star Ferry
O território de Hong Kong não fica restrito à ilha com o mesmo nome. Continua para o lado norte (Kowloon) e para algumas ilhas adjacentes. O Star Ferry é o barquinho verde e branco que faz a ligação para Kowloon.

4 - O espectáculo de luzes visto de Kowloon
Isto foi uma novidade para mim. Quando cai a noite fazem um espectáculo de luzes em que os próprios prédios se iluminam ao som da música. A música sai de colunas postas rua. Visto do lado de Kowloon é espectacular. Deixo ficar a única foto que me saiu bem:
5 - A praia
A costa sul de Hong Kong é bastante "deserta". Ou seja: há praias e portos de pescadores e não é a confusão que é no centro económico da cidade. Stanley, Deep water bay, Aberdeen. Apesar de não serem praia por aí além (sobretudo comaprando com as praias portuguesas), foi a primeira vez que vi praia desde que estou na China.

Ah! Em Hong Kong guia-se pela esquerda. Alguma marca os ingleses tinham de deixar antes de partir.
Ah! Em Macau também se guia pela esquerda. Ups...

23 maio 2007

Macau é

Macau só tem 28 quilómetros quadrados (equivalente a um rectângulo de 4 km por 7 km).
Com cerca de meio milhão de habitantes numa área tão pequena, Macau é das cidades com maior densidade populacional do mundo.
Mais do que pelo valor patrimonial ou paisagístico, para um Português que está na China há já algum tempo, ir a Macau vale a pena sobretudo pelas reacções emocionais que as "pequenas coisas" provocam.

A hospitalidade
Em Macau experimentei a verdadeira hospitalidade portuguesa. Senti-me imediatamente parte da “comunidade” portuguesa. Agradeço sobretudo à Raquel, à Ângela e ao Zé por me terem feito sentir em casa.Uma coincidência assinalável: o Zé estudou na mesma escola primária que eu. O Nuno Mendes, que está em Pequim também. Agora estamos os 3 na China. Será que havia algum vírus no ar da Escola J. Nicolau.

A comida
Macau é café Delta, é sumo Compal, é manteiga Mimosa, é cerveja Super-Bock com uma lágrima de emoção. Macau é caldo verde, bacalhau, cozido à portuguesa e rojões. Macau é rissóis e bolinhos de bacalhau. Macau é pasteis de nata. Macau é Vinho do Porto. Macau é fantástico.

O património
Macau é Calçada portuguesa. Macau são lojas com nome português. Macau são fortes e faróis iguais aos de Portugal. Macau são casas, igrejas e jardins parecidos com os de Portugal. Macau é música portuguesa (um concerto espectacular de O QueStrada - eu não conhecia antes... mas recomendo) Macau tem coisas bonitas.
Os casinos
Macau são Casinos. Macau são muitos Casinos. Macau tem o maior casino do mundo. Macau tem a maior concentração de casinos do mundo. Macau ainda vai ter mais casinos.

As diferenças
Tendo vindo para Macau directamente de Hong Kong, as diferenças entre ambos os territórios saltam à vista . Do dinamismo e pulsação fortes de Hong-Kong para uma certa estagnação e relativa calma em Macau.
Dá que pensar no papel dos portugueses na história: Quem diz Macau / Hong-Kong pode também dizer Brasil / EUA ou Angola / África do Sul. Países com tantos paralelismos geográficos e históricos e que resultam tão diferentes em importância e grau de desenvolvimento actualmente.
Será genético?

22 maio 2007

Heysel Park Revisitado

Como eu disse no último post, vou começar a contar a minha última viagem pelo fim.
E o fim é mesmo o regresso de Macau à China.
Acontece que eu tinha marcado o voo de regresso a Pequim para segunda de manhãzinha a partir de Zhuhai (que é a cidade Chinesa mais perto de Macau) - É que apesar de Macau ser parte da China, um voo de/para Macau é considerado um voo internacional, e como tal é bastante mais caro. Mais uma subtileza estranha deste país.

Vim a saber posteriormente que a "fronteira" entre Macau e a China fechava à meia-noite e só abria às 7 da manhã. Que bem... poupei no voo mas, ia ter de dormir uma noite em Zhuhai.
O mais que suspeito Hotel Fortuna já esperava por mim.

Acontece que, de domingo para segunda era precisamente quando se ia decidir o campeonato. Há coincidências que não podem ser por acaso: não podia ir para Zhuhai, quando em Macau podia ver e ouvir os jogos e festejar em directo.
Claro que arrisquei e fiquei em Macau.
Iria cedo para a fronteira e em princípio iria dar tempo de apanhar o avião.
Campeonato ganho, e às 6 da manhã já estava nas “Portas do Cerco”.
Mesmo assim não fui o primeiro: já lá estavam umas vinte pessoas à minha frente.
Com o passar dos minutos foram chegando mais umas dezenas muito largas.
À medida que as 7 horas se aproximavam o caos começou a gerar-se.
Já não havia fila e estava tudo a tentar passar e a empurrar.

Acho que ainda não tinha contado isto, mas respeito por filas não é propriamente um hábito para estes lados - Com sorte, depois de nos passarem com a maior das latas, viram-se para trás e riem-se simpaticamente para nós.

Era brutal! Garanto que vi pessoas completamente esmagadas contra as portas de entrada e umas senhoras a desmaiarem por se sentirem mal e a não conseguirem respirar sequer.
O caos!
Nunca pensei alguma vez vir a dizer isto seriamente, mas a mim, ajudou-me minha a elevada estatura (eheh!... como podem ver, isto das alturas é relativo) porque conseguia respirar bem acima das cabeças das restantes pessoas, longe do “abafo”.
Ah! O facto de ter uma mala rígida também ajudou, pois à custa de umas cacetadas estratégicas (sobretudo em quem me passava à frente) conseguia manter algum “espaço vital”.

Para a crónica ficar completa falta referir o pormenor sádico dos guardas fronteiriços.
É que a fronteira tem três portas lado a lado, mas só uma é que vai ser aberta.
Quem está de fora não sabe qual vai ser (creio mesmo que eles vão variando para se divertirem).
Ou seja: muitos dos esmaganços referidos anteriormente são completamente inglórios.

Aberta a porta, passagem no “funil infernal” que era a porta, cavalgada imparável até ao guichet dos passaportes. TUM TUM carimbo de entrada. Entrada na China.
E juro que nesta parte vi muitas das pessoas que 5 minutos antes estavam a empurrar e a correr desalmadamente, a sacarem calmamente do cigarro e ficarem parados a olhar para ontem.
Afinal, aquilo tinha sido só um desporto matinal.

21 maio 2007

Regresso à normalidade

O blog tem andado com poucas actualizações.
Nos últimos tempos tenho andado desterrado dentro do desterro:
Xangai, Hong Kong e Macau.
Falarei sobre todos nos próximos posts.

Os acontecimentos levam-me a começar pela ordem inversa:
Coincidências do destino fizeram com que estivesse em Macau para poder assistir em directo via RTP internacional e Antena 1 ao consagrar dos novos Campeões.Depois... depois foi sair para a rua e mergulhar no mar azul e branco... se calhar sonhei com esta parte.

15 maio 2007

O Barbeiro de Pequim

Bem... eu pensava que já estava perfeitamente adaptado a Pequim, que já me conseguia safar com a maior parte das coisas, já me orientava, já conseguia ir às compras, escolher comida nos restaurantes, etc.
Mas claro, há sempre algo que consegue superar este meu optimismo:
É que vindo o calor... veio a necessidade de ir cortar o cabelo.

Primeira tarefa: escolher onde.
Opções não faltam: em Pequim, sempre que se passa numa loja que tem uma espécie de espiral giratória à porta... é um barbeiro / cabeleireiro.
O mal é que nem todos têm a melhor aparência e então decidi que ía correr menos riscos (pensava eu) e escolher um numa zona mais "da moda".
Fui para San Li Tun que é uma zona de Bares.

Mal meti os pés dentro do barbeiro/cabeleireiro a minha primeira reacção foi preparar um plano de fuga.
É que a minha primeira visão foi de uma meia dúzia de "simpáticos" de aparência exuberante, repletos de trejeitos, manias, e roupas e adereços no mínimo bizarros.
Pensando bem... a culpa foi inteiramente minha: cabeleireiro "in" numa zona "fashion"... tinha de dar nisto, seja na China, seja noutro lado qualquer.

Vem um tipo habituado a cortar o seu cabelinho na "Barbearia Invicta", onde somos atendidos por verdadeiros cavalheiros à moda antiga e onde existe uma exuberante loiraça para nos cortar o cabelo... chega a Pequim... e dá nisto.

O plano de fuga saiu completamente furado: a ideia era perguntar o preço e fazer de conta que achava muito caro e sair.
Claro que o preço nunca ía ser muito caro.
Não saí.

A partir daí... passei a ser o centro das atenções. Não só do "sortudo" a quem calhou cortar-me o cabelinho, mas de todos os outros.
Claaaro que nenhum falava inglês.
Claaaro que não consegui explicar minimamente como queria cortar (tudo isto no meio de risinhos histéricos dos meus novos amigos).
Independentemente disso, ele lá começou a cortar.Um verdadeiro artista: Uma tesourada... dois passos atrás.. mão no queixo... olhar de artista que avalia a própria obra... procura do olhar de aprovação dos outros... dois passos à frente para nova tesourada.
Após vinte ciclos destes, a minha paciência... esgotou completamente.
Eu já tinha de me morder para não me rir de nervoso.
O meu pensamento já era só: "ele volta a crescer".

No final, já eu pensava que me podia ir embora (com o pior corte de cabelo de sempre mas com uma história para contar) e ele manda-me esperar: Pega numa latinha de gel e vira-se para mim com o seu melhor inglês e um sorriso rasgado "Waaaaaaaax?".
Eu não tive coragem de dizer que não: vai daí e ainda passei mais 10 minutos com o meu novo amigo a fazer-me rolinhos e piquinhos no cabelo.
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!
O resultado? Há-de aparecer em próximos posts.

13 maio 2007

Aquecimento global

Apenas uma semana fora de Pequim e no regresso houve uma mundança significativa.
Está um bafo incrível: a temperatura subiu rapidamente entre 5 e 10 graus.
Ao chegar a casa ainda tinha o pijama de flanela em cima da cama... até fiquei a suar só de o ver.

Para não variar, o ar condicionado segue o mesmo padrão do aquecimento: não funciona.

11 maio 2007

Pequenos artistas

Por falar em jardins e em bons exemplos:
Nos jardins de Pequim, agora que o tempo está melhor, é normal ver os pais levarem os filhos para desenhar.
É possível vê-los espalhados ao acaso, sentadinhos nuns banquinhos e de prancha no colo, a desenharem diferentes motivos: pontes, escadas, árvores, ... Muito bonito mesmo.
Devo dizer que... apesar da idade, alguns dos desenhos que vi devem ser melhores do que eu conseguiria fazer.
Qualquer dia vou treinar para o jardim.

10 maio 2007

Os ginásios públicos

Quase todos os jardins de Pequim têm uma coisa que para mim foi novidade: uns "ginásios públicos".
São constituidos por máquinas equivalentes às dos ginásios onde se podem fazer diferentes tipos de exercício.
No fundo são como parques infantis, mas orientados para pessoas mais velhas.
Isto parece-me uma excelente ideia, sobretudo atendendo ao envelhecimento da população e à necessidade de os mais velhos praticarem desporto.
Será que um dia destes vamos ver destas coisas em Portugal?
Será que as máquinas de ginásio tirar o lugar às mesas de sueca? (Isto já era pedir demais, não?).
Fica a sugestão.

09 maio 2007

Apontamentos de viagem

A descrição da viagem de Maio não ficava completa sem os seguintes apontamentos:

1 - O grupo fantástico
Com uma parte significativa da comunidade lusa de Pequim, a que se juntaram algumas visitas, formou-se um grupo excursionista de 13 (leia-se trêuzzz) magníficos. À excepção de termos perdido o último voo, até posso dizer que 13 foi o número da sorte.
2 - As casas de banho do demo
Indescritível. À medida que os dias foram passando, as visões do inferno foram-se acumulando. (E se fossem só as visões... tinha sido uma sorte).3 - A viagem interminável
As doze horas de autocarro de Chengdu a JiuZhaiGou andavam a preocupar toda a gente nos dias que a antecederam.
No entanto com a boa companhia, a paisagem e a boa disposição, no final até estava pronto para outra.
Pontos negativos: a condução radical, que incluiu contramão nas curvas com camiões de frente e precipício ao lado; a tortura do sono motivada pela buzina insuportável (tipo combóio) de minuto a minuto; os iaques (são tipo umas vacas de pelo comprido): a certa altura o autocarro para para os "turistas" irem montar o iaque. Esqueceram-se de avisar do cheiro pestilento que ía ficar no autocarro.

4 - A comida mistério
China profunda. Menus em chinês e sem fotografias implicaram inúmeros tiros no escuro. Resultados surpreendentes.

08 maio 2007

7 maravilhas

1 - Chengdu
Apesar de a maior parte de nós nunca ter ouvido falar de Chengdu antes de organizar esta viagem, trata-se de uma cidade bastante desenvolvida, com quase 5 milhões de habitantes. Para o registo da viagem fica a estátua gigante do Mao Tsé Tung e a Rua Jinli onde, entre lojas e bares, passamos a maior parte do tempo.
2 - Centro de Investigação e Criação de Pandas Gigantes
Os pandas gigantes são uma espécie em via de extinção. Estima-se que existam apenas cerca de 1000 pandas no seu habitat natural, 120 pandas em jardins zoológicos na China e 20 em zoológicos no exterior. Pelos vistos os pandas têm uma grande dificuldade para se reproduzirem. Vai daí... os chineses criaram este centro de reprodução de pandas onde utilizam as técnicas mais criativas para aumentar a sua população.
Nós apenas os vimos a comer.

3 - Grande Buda Sentado de Leshan
Neste caso devo confessar que estava à espera de uma banhada. É que este era o "maior Buda sentado do mundo". O que afinal de contas podia não ser grande coisa: se eu me lembrasse de fazer "o maior galo de Barcelos sentado do mundo" este não deveria precisar de ser muito grande. Faz lembrar aqueles recordes do guiness típicos: "a maior concentração de pauliteiros de miranda com barrete de campino do mundo" em que basta que apareçam dois.
Mas não... o Buda de Leshan era mesmo enorme - mede mais de 70 metros.
4 - Monte Emei
O monte Emei é considerado “o primeiro monte da China”.
O primeiro templo budista na China foi fundado justamente nesta montanha, que tem mais de 3000 metros de altitude. Com o estabelecimento de outros templos vizinhos, a montanha tornou-se um dos lugares mais sagrados do budismo chinês.
5 - Sistema de Irrigação de Dujiangyan
A construção do sistema de irrigação de Dujiangyan teve início no séc. III aC. É a mais antiga obra hidráulica de grandes dimensões existente no mundo. Este sistema continua a controlar as águas do rio Minjiang e faz a sua distribuição para as férteis terras de cultivo das planícies de Chengdu.
6 - Monte Qingcheng
Monte Qingcheng, quer dizer monte da Cidade Verde (qing significa verde e cheng cidade - afinal as aulas de chinês ainda servem para qualquer coisa). O Monte Qingcheng é um dos berços do taoísmo. Os taoístas exaltam o universo, a natureza e a harmonia entre o homem e a natureza. Em virtude desta tranqüilidade, Zhang Daoling, há 1.800 anos, lançou na montanha as bases para o ensino dos fundamentos desta religião.

Mas o que fica para a história é que subir a esta montanha a pé implica um esforço sobre-humano. Apenas 3 bravos conseguiram alcançar tal feito. Utilizando a descrição da miss Beijing: "apenas três meninos corajosos que se aventuraram pelo caminho das escadas sem fim também conseguiram lá chegar". E quando é dito "sem fim"... é mesmo sem fim.

7 - Jiuzhaigou
Jiuzhaigou (Vale das Nove Aldeias) é absolutamente indescritível. É um parque natural classificado pela UNESCO. Paraíso do mundo ou mundo de fadas são alguns dos nomes que lhe colocam. Para além dos lagos de diferentes cores, das cascatas e da natureza, há também nove aldeias da etnia tibetana, que deram origem ao nome do lugar.

A reportagem fotográfica mais completa está aqui:
http://medina.no.sapo.pt/china


http://medina.no.sapo.pt/china