Não sei bem porquê, mas o Tibete despertava em mim um certo fascínio.
Telvez por isso, decidi-me a aproveitar a minha estadia para ir lá.
Isto apesar de a viagem ser longa, carota e de eu só dispôr de poucos dias para ficar por lá.
Praticamente só deu para conhecer Lhasa.
Mas valeu a pena.
Sem dúvida alguma.
As fotografias que tirei testemunham um pouco do que vi:
http://chinamedina.com.sapo.pt/Como tenho feito noutros casos, ficam aqui os meus destaques:
1 - A viagem de aviãoA viagem de avião foi um bom prenúncio para os dias que se seguiram.
Vistas fantásticas a perder de vista.
Ao longe, os Himalaias.
O monte mais alto do mundo, o Evereste, fica no Tibete.
Será que o vi? Ao longe?
2 - A aridez da paisagemNão vinha a contar com a aridez da paisagem.
Assim como a Mongólia ou mesmo Pingyao, o Tibete é muito seco.
Do ar, só se vê a cor de terra e de areia.
Mesmo quando passa um rio.
Por vezes, um campo verde, sinal da presença humana.
3 - LhasaLhasa é a capital do Tibete.
A maior surpresa em relação a Lhasa foi a sua reduzida dimensão.
No final de cada rua via-se a montanha.
A cidade acaba ali.
4 - A altitudeTinham-me avisado que poderia sentir os efeitos da altitude.
Por estar quase a 4000 metros de altitude, em Lhasa há menos oxigénio, o que pode provocar tonturas, más-disposições e até coisas piores.
A mim não me deu nada disso, apenas cansaço. É natural...
5 - A religiãoO Budismo está omnipresente em Lhasa.
Levei uma injecção brutal: Dalai Lamas, Budas, Seita do Chapéu amarelo e do Chapéu vermelho, mosteiros, monges, peregrinos, protectores...
Apesar de a minha ideia inicial ser bastante diferente, o que vi aproxima bastante o budismo de outras religiões:
Peregrinos, pessoas a cumprir promessas, a rastejar, monges, ofertas em dinheiro, orações permanentes, purificações...
6 - Os mongesOs monges são uma imagem comum em Lhasa.
É impossível olhar para algum lado em que não se veja um monge, no seu traje avermelhado.
7 - A roda das oraçõesEste é o instrumento mais estranho que eu tive a oportunidade de conhecer.
É uma espécie de tecnologia espiritual.
Funciona assim: coloca-se um papel com uma oração (mantra) dentro da roda, e depois faz-se girar à volta como uma roca.
Cada volta corresponde a uma oração.
Eu diria que mais de metade das pessoas que vi, andava às voltas com uma coisa dessas.
O mesmo acontece com uns cilindros metálicos que se fazem rodar (sempre no sentido dos ponteiros do relógio).
8 - Os mosteiros e o palácio de potalaComo foi construído na base de uma religião, andar pelo Tibete, e particularmente por Lhasa faz-nos cruzar com inúmeros mosteiros e templos.
O mais emblemático é sem dúvida o Palácio de Potala, onde morava o Dalai Lama - sede espiritual e administrativa do Tibete até à "invasão" ou "libertação" (conforme os pontos de vista) pela China.
9 - Os TibetanosO melhor de tudo no Tibete: simples, orgulhosos, simpáticos, ... Diferentes...
Tudo isto documentado fotograficamente em: