(Re)construção
Há uns tempos, ao visitar um templo em obras descobri a causa.
Pelo que percebi, em muitos dos casos, em vez de um trabalho de restauro, o que é feito é o trabalho de reconstrução.
Tira-se o antigo e põe-se o novo.
Por isso vi um monte de telhas verdes novinhas, outras vermelhas, umas cabeças de dagrão, e outros elementos que já tinha visto em tantos lugares.
Por exemplo, esse especialista classificou a reconstrução de uma das secções da muralha como um «trabalho fantasista e elaborado sem qualquer referência aos dados arqueológicos».
Apesar de discordar do método, tenho de compreender que desta forma o trabalho é mais rápido, mais barato, e em muitos casos evita que o monumentos se arruinem definitivamente.
Em Portugal foi feita a mesma coisa a muitos castelos e igrejas no início do Estado Novo.
Se não fosse isso, se calhar hoje em dia eles já não existiam.
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