24 abril 2007

Mercado de Tecnologia

Passam por esta altura dois meses que cheguei à China.
Para marcar essa efeméride, tinha decidido oferecer a mim próprio uma prenda: Uma máquina fotográfica digital.
Nada o outro mundo - uma daquelas pequeninas compactas.

Após um processo demorado de análise lá me decidi por uma marca e modelo.
Como aqui é tudo negociável, e havia outros dois portugueses interessados, decidimos que íamos comprar todos o mesmo modelo para tentar conseguir um desconto de quantidade.

No sábado lá fui para o distrito de Haidian, onde está o centro das tecnologias de Pequim.
São vários edifícios de mais de 10 andares, todos eles repletos de lojas e escritórios de computadores, máquinas fotográficas, leitores de MP3 e tudo o mais que se possa imaginar no universo da electrónica.
Se, mesmo fora dos edifícios aquilo já é confuso que chegue, entrando dentro, parece que entramos noutro mundo - uma confusão. É que as lojas não são como as lojas de shopping em Portugal. São balcões e expositores uns em cima dos outros, sempre com muita gente a circular e a comprar e com os vendedores permanentemente a chamarem-nos.
Como eu já disse, aqui tudo é negociavel, por isso o processo de compra pode ser interminável. Parei em dezenas de lojas, perguntei preços, negociei, perdi a paciência.
O pior, é que o processo não acaba aqui.
Quando a possibilidade de fechar o negócio é concreta, os vendedores levam-nos para um escritório noutro piso (ou noutro prédio) onde nos mandam sentar (por norma num sofá vermelho) e se passa à fase de testar a máquina e de negociar mais calmamente.
Tudo isto, como devem imaginar, demora imenso tempo.
Literalmente, tentam vencer-nos pelo cansaço.
Mas o pior ainda estava para vir...
É que chegado quase ao fim, quando ía comprar as 3 máquinas ao preço negociado, o vendedor diz-me que não aceita Visa.
Uma barracada... O meu multibanco tem um limite diário de levantamentos e por isso só foi possível comprar duas.
Já me tinha comprometido a levar para os outros portugueses...
Ora bolas! Uma tarde perdida, três doses de paciência esgotada, e... nada de máquina.

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Esses negócios da China são mesmo complicados...

Um abraço

Raul

25 abril, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Aí já é 25 de Abril. Ao menos cantaste a Grândola?

Abraço revolucionário

25 abril, 2007  
Blogger Setora said...

Ganhaste experiência. Fica com uma das máquinas para ti e passa a informação completa ao outro português - também ele terá oportunidade de aprender esse negócio da china.

Ou, afinal, até te deu gozo e queres lá ir outra vez?

25 abril, 2007  
Blogger Setora said...

Esqueci-me - um abraço abrilento que isto por aqui com o ingenheiro está a ficar complicado.

25 abril, 2007  
Anonymous Anónimo said...

O quê???
Ainda não foi desta!???
Ai...

09 maio, 2007  

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