17 março 2007

Isto para mim é Chinês...

Até agora, tenho-me sentido praticamente um analfabeto-surdo-mudo: não consigo ler nada, não percebo nada do que me dizem e não consigo dizer nada.
Safo-me com o inglês, o que a nível profissional até resulta, mas no dia-a-dia, nem por isso. Como seria de esperar, a maioria das pessoas não fala inglês, e algumas das que falam, falam mais "Chinglês" do que Chinês.

Diz quem sabe que a relação com a língua chinesa passa por cinco fases:
  1. Fase do "Ching-chong-ching" - em que o mandarim parece apenas uma mistura de sons, com resultados bizarros. Já passei esta;
  2. Fase do "Pronto, está bem: é realmente uma língua" - Nesta fase ultrapassa-se a desconfiança de que o chinês não seria de facto uma língua. Começam-se a reconhecer palavras repetidas e algumas frases. A pronúncia é incrivelmente má e dificilmente perceptível para o comum dos chineses. No meu caso, já consigo dizer a morada (na yin ta cha) ou o local do trabalho (jung fu ta cha) e indicar as direcções ao taxista;
  3. Fase do "Já falo alguma coisa" - através de um esforço árduo, uma forte auto-crítica e de um processo meticuloso, consegue-se chegar a esta fase. Hei-de fazer um post sobre a complexidade da mistura de tons e sons que esta língua tem. Etou a iniciar esta fase.
  4. Fase do "Eu falo Chinês" - Nesta fase já se tem bastante vocabulário e domina-se a construção gramatical. Já se consegue falar em chinês fluentemente com amigos. (Ainda não sei quanto tempo se demora até chegar aqui);
  5. Fase do "Eu confesso, sou Chinês".

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

:)
Excelente Post!
Muito sentido de humor! Será humor chinês?

18 março, 2007  
Blogger Setora said...

6. Fase do "Dou aulas de chinês".

Conto contigo já que há muitos anos tentei mas não consegui horário.

Abração

18 março, 2007  
Blogger Ed said...

Vê mas é se aprendes uns insultos em chinês para fazermos um regabofe com a geração idosa da família ;)

20 março, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Estou a aprender com a Margarida que isto das palavras não tem importância nenhuma. Ela não diz quase nada, mas entende-se perfeitamente o que ela quer. Depois, chama au-au ao cão (o que até se aceita), au ao gato (o que, com esforço, será uma tentativa abreviada e futurista de dizer miau), e chama beca a tudo o que é redondo. Alguém lhe deve andar a meter juizices na cabeça...

Por isso, chama o que te apetecer ao que te apetecer, que de certeza não passas por maluco.

Abraço

21 março, 2007  
Anonymous Anónimo said...

Camarada....nada é impossível...:o) E já agora, como se diz Mónica? Bjs

21 março, 2007  

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